Equipe:Gabriel n°28,Marcus Vinicius n° 18 e Lucas Gama n°16
Profª: Kely Miranda.
Disciplina: História.
Nero
O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio. Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras.Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.
Rebeliões
Em comparação com os seus sucessores, Roma ficara relativamente pacífica sob o reinado de Nero. A guerra contra a Pártia foi a única grande guerra acontecida durante o seu governo, e ao seu término foi elogiada como vitória tanto política como militar. Contudo, e assim como muitos imperadores, Nero teve de enfrentar uma série de rebeliões internas e lutas pelo poder durante o seu reinado. Nero foi um dos poucos imperadores que pôde dispor o fecho das portas do Templo de Jano. Jano era o deus do princípio e do final, e tinha um templo no Fórum Romano, ao qual era devido fechar as portas na época de paz. Mas como os exércitos romanos sempre se encontravam combatendo em alguma afastada província, as portas do templo permaneciam abertas. Apenas três imperadores romanos puderam manter as portas do templo fechadas por um tempo : Augusto, Vespasiano e Nero.
O grande incêndio de Roma
Durante a noite de 19 de julho de 64, ocorreu em Roma um incêndio que devastou a cidade. O fogo começou a sudeste do Circo Máximo, onde se localizavam uns postos que vendiam produtos inflamáveis.
Segundo Tácito, o fogo estendeu-se depressa e durou cinco dias. Foram destruídos por completo quatro dos quatorze distritos da cidade e outros sete ficaram muito danificados. O único historiador que viveu durante essa época e que descreveu o incêndio foi Plínio, o Velho, enquanto os demais historiadores da época Flávio Josefo, Dião Crisóstomo, Plutarco e Epiteto, não mencionem o acontecimento nas suas obras.
Não está claro qual foi a causa do incêndio, quer um acidente, quer premeditado. Suetônio e Dião Cássio defendem a teoria de que foi o próprio Nero que o causou com o objetivo de reconstruir a cidade ao seu gosto. Tácito menciona que os cristãos foram declarados culpáveis do delito, embora não se saiba se esta confissão teria sido induzida sob tortura. Contudo, os incêndios acidentais foram comuns na Roma Antiga. Sob os reinados de Vitélio (69) e de Tito Flávio Sabino Vespasiano (80), estouraram outros dois mais.
Segundo Suetônio e Dião Cássio, enquanto Roma ardia, Nero estava cantando o Iliupersis.Antium durante o incêndio e, ao ter notícias do mesmo, viajou depressa para Roma para se encarregar do desastre, utilizando o seu próprio tesouro para entregar ajuda material. Após a catástrofe, abriu as portas do seu palácio às pessoas que perderam o seu lar e abriu um fundo para pagar alimentos que seriam entregues entre os sobreviventes. A partir do incêndio, Nero desenvolveu um novo plano urbanístico dentro do qual projetou a construção de um novo palácio, conhecido como a Domus Aurea, em uns terrenos que o fogo despejara. Para conseguir os fundos necessários para a construção do suntuoso complexo, Nero aumentou os impostos das províncias imperiais. Contudo, segundo Tácito, Nero estava em
Tácito relata que, depois do incêndio, a população buscou um bode expiatório e começaram a circular rumores de que Nero era o responsável. Para afastar as culpas, Nero acusou os cristãos e ordenou que alguns fossem jogados aos cães, enquanto outros fossem queimados vivos e crucificados.
Morte
No fim de 67 ou princípios de 68, Caio Júlio Vindex, governador da Gállia Lugdunensis, rebelou-se contra a política fiscal de Nero. O imperador enviou Lúcio Vergínio Rufo, governador da Germânia Superior, a sufocar a revolta e Víndex, com o objetivo de solicitar aliados, pediu apoio a Galba, governador da Hispânia Tarraconense. Vergínio Rufo, porém, derrotou Víndex e este suicidou-se, enquanto Galba, pela sua vez, acabou sendo declarado inimigo público.Nero recuperara o controle militar do Império, mas isto foi utilizado na sua contra pelos seus inimigos em Roma. Em junho de 68, o Senado votou que Galba fosse proclamado como imperador e declarou Nero inimigo público. utilizando para isso a Guarda Pretoriana, que fora subornada, e ao seu prefeito Ninfídio Sabino, que ambicionava tornar-se imperador.
Segundo Suetônio, Nero fugiu de Roma através da Via Salária. Contudo, apesar de ter fugido, Nero preparou-se para se suicidar com ajuda do seu secretário Epafrodito, que o apunhalou quando um soldado romano se aproximava. Segundo Dião Cássio, as últimas palavras de Nero demonstraram o seu amor pelas artes.
Após a morte
Segundo Suetônio e Dião Cássio, o povo de Roma celebrou a morte de Nero. Tácito, porém, fala nos seus escritos de um panorama político muito mais complicado, segundo o qual a morte de Nero foi bem recebida entre os senadores, a nobreza e a classe alta mas que, pelo contrário, a classe baixa, os escravos e os assíduos do teatro, que foram os beneficiários dos excessos do imperador, receberam a notícia com pesar. O exército, enquanto isso, estava na encruzilhada entre o dever obediência a Nero como o seu imperador e os subornos oferecidos para o derrocar.
Filóstrato e Apolônio de Tiana mencionam a morte de Nero como um duro golpe para o povo em geral, que a chorou com amargura devido a que "restabeleceu e respeitou as liberdades com uma sabedoria e moderação das quais o seu caráter carecia".
Os historiadores modernos defendem a teoria de que, enquanto o Senado e a classe alta receberam com regozijo a notícia, o povo "foi fiel até o final". Desta maneira, tanto Otão quanto Vitélio apelaram para a sua nostálgia a fim de consolidar a sua posição no poder.
O nome de Nero foi eliminado de alguns monumentos. Muitos relatos de Nero foram reelaborados para representar outras figuras, da quais, segundo Eric R. Varner sobreviveram cinquenta. O câmbio destas imagens é interpretado como um Damnatio memoriae a Domiciano, portanto poderia-se explicar o que ocorreu com Nero como uma aplicação deste édito a menor escala. Champlin duvida que esta prática fosse necessariamente negativa, pois muitos artistas continuaram pintando retratos de Nero muito depois da sua morte.
Todos os historiadores antigos descrevem a guerra civil derivada da morte de Nero, conhecida como o Ano dos quatro imperadores como um instável e turbulento período. Segundo Tácito, esta instabilidade era baseada na percepção de que já não se podia confíar na legitimidade dinástica imperial. Galba iniciou o seu curto reinado com a execução de vários dos antigos aliados de Nero e, portanto, possíveis inimigos potenciais. Um dos mais importantes foi Nimfídio Sabino, suposto filho do imperador Calígula.
Quando Otão derrocou Galba, solicitou o apoio de grande parte do exército devido ao seu parecido com o finado imperador. Aparentemente o povo dirigia-se a Otão como o fazia com o próprio Nero e até o próprio Otão utilizou Nero como o seu sobrenome e voltou a erigir muitas das estátuas do imperador. Quando Vitélio venceu Otão e usurpou o poder, começou o seu reinado com um grande funeral na sua honra, no qual foram interpretadas canções escritas pelo próprio Nero.
Após o suicídio de Nero em 68, nas províncias orientais foi estabelecida a crença de que, na realidade, não estava morto e que em qualquer momento poderia voltar. Esta crença estendeu-se ata tornar-se autêntica lenda popular.
Ao menos três impostores surgiram após a morte de Nero: O primeiro surgiu em 69, durante o reinado de Vitélio e parecia-se fisicamente, cantava e tocava a lira. Após a captação de vários acólitos foi capturado e executado. Durante o reinado de Tito Flávio Sabino Vespasiano (79 - 81) surgiu outro impostor que foi também executado. Vinte anos depois do suicídio de Nero surgiu, durante o cruel reinado de Domiciano, outro usurpador. Este terceiro pretendente foi apoiado pelos partos e o assunto tornou-se tão tenso que quase estouraram as hostilidades entre as duas nações
Conclusão
Foi muito legal este trabalho!
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